Participei dessa monitoria porque achava minha escrita muito travada, e quando estive na primeira aula, vi que a trava estava no medo do julgamento do outre, por isso não conseguia apresentar meus textos, tampouco publicá-los por vergonha, medo e por causa de pensamentos sabotadores, mas o que me surpreendeu foi a abordagem de Malu, por que ela pediu para as pessoas envolvidas contarem as suas histórias.
Ter essa experiência de validar a minha narrativa com meu corpo gorde, de início foi um susto, porquê aprendi a não valorizar quem fui e não olhar à minha trajetória, porém vi de fato como é a abordagem e me acalantou pelo acolhimento que recebi de todas as pessoas presentes.
Não é fácil, muitas vezes, validar minhas dores, me perdoar e dichavar meus sentimentos, mas aprendi através desse acolhimento, também, que quando há uma escuta afetiva e um local seguro, torna-se mais digestivo essa prática, já que na minha realidade, comecei a entender que não sou errado por sentir e que preciso me respeitar a ponto de saber que o que falo e escrevo importa e me movimenta.
Dedico essa texto às pessoas envolvides e que por causa de vocês, também, me sinto mais útil e importante. Obrigade.